17 setembro 2012

Liga Zon Sagres Non Stop




Como bem se lembram, no final de julho fiz uma pequena antevisão daquilo que poderia ser o campeonato português. Para já, tirando algum “desacerto inicial” pelas bandas de Alvalade, está a ir de encontro ao que era previsível. No entanto, a discussão deste artigo não é sobre quem irá ser o campeão nacional português.

Nessa sintetizada antevisão, afirmei que me interessava mais pelos principais campeonatos europeus. E estes estão realmente ao rubro, com a surpresa maior a chamar-se Real Madrid. O campeonato inglês vai, de facto, ser mais do mesmo; em Itália a Juventus continua forte, pelos vistos, com uma excelente reviravolta no terreno do Génoa; o PSG tardou em começar a vencer; e o Bayern parece querer acabar com o domínio do Dortmund.

Por sua vez, em Portugal, não houve jogos!

Mas… então mas porque é que não houve jogos???

Cada um que pense o que quiser, porque este artigo é como o campeonato português, fraco e curto.

13 setembro 2012

Coração X Razão

Beto Acosta
pmsfonseca 

27-08-2012

Sou um jovem Engenheiro que gosta de futebol, apreciador do melhor treinador do mundo (José Mourinho) e um Sportinguista convicto! É com este enquadramento e de cabeça quente que me apraz dizer estas palavras.

Há cerca de dez minutos o Sporting Clube de Portugal acabava de perder com o Rio Ave. Ontem, sensivelmente à mesma hora portuguesa, o Real Madrid perdia o seu jogo com o Getafe. Quais as semelhanças destes dois jogos? Para mim, “conhecedor-amador” do desporto-rei, residem no facto de ambos os treinadores terem tido opções tácticas duvidosas (leia-se terem dado um tiro no pé!).

Quem viu o jogo de ontem da La Liga, apercebeu-se que após o primeiro golo do Getafe e a consequente troca do Benzema por Lass Diarra, o Real Madrid conseguiu alguma superioridade no jogo, com pressão alta e ocasiões de golo. Consentida? Talvez! Inconsequente? Provou-se que sim. No entanto, o jogo desenrolava-se na íntegra no meio-campo defensivo do Getafe, o que no puxando à minha análise mais estocástica de Engenheiro se traduz numa probabilidade maior de a equipa que ataca marcar um golo.

Eis quando se dá a saída de Marcelo e a entrada de Callejon. Saída do defesa-esquerdo brasileiro para a entrada de um médio com pendor mais atacante. Na minha opinião, o tiro no pé do melhor do mundo! Ao contrário do que seria espectável (ou talvez não!), colocar mais homens na frente não significa necessariamente mais oportunidades de golo, mais pressão no adversário. No caso de ontem, o desequilíbrio do meio-campo e defesa em detrimento de mais “avançados” resultou no segundo golo do Getafe…O futebol também deve ser visto e analisado a uma escala menor porque a manta não é infinita!

Hoje aconteceu o mesmo ao Sporting! Após controlar a primeira parte de forma clara, com uma boa pressão baseada num meio-campo com mais genica e em que sofre um golo casual no futebol, ou não fossem onze contra onze, o Coração de Leão troca dois médios – Elias e Adrien – para colocar outros dois mais frescos e, em teoria, mais atacantes – André Martins e Labyad. Pura ilusão! Apesar de fazer sentido no papel, a troca só deixou mais espaços para o Rio Ave jogar, agravados pela última substituição leonina. Mais uma vez, a visão racional e global da equipa é esquecida em troca do “meter a carne toda no assador”!


Em teoria, colocar mais “avançados” permitirá um maior pendor ofensivo e oportunidades de golo que, quase sempre, são desmentidas pela prática em que quem comanda são homens (coração) e não rabiscos num bloco de notas (razão).

                                                                                                                  pmsfonseca