Beto Acosta |
27-08-2012
Sou um jovem Engenheiro que gosta de futebol, apreciador do
melhor treinador do mundo (José Mourinho) e um Sportinguista convicto! É com
este enquadramento e de cabeça quente que me apraz dizer estas palavras.
Há cerca de dez minutos o Sporting Clube de Portugal acabava
de perder com o Rio Ave. Ontem, sensivelmente à mesma hora portuguesa, o Real
Madrid perdia o seu jogo com o Getafe. Quais as semelhanças destes dois jogos?
Para mim, “conhecedor-amador” do desporto-rei, residem no facto de ambos os
treinadores terem tido opções tácticas duvidosas (leia-se terem dado um tiro no
pé!).
Quem viu o jogo de ontem da La Liga, apercebeu-se que após o primeiro golo do Getafe e a
consequente troca do Benzema por Lass Diarra, o Real Madrid conseguiu alguma superioridade no jogo, com pressão
alta e ocasiões de golo. Consentida? Talvez! Inconsequente? Provou-se que sim.
No entanto, o jogo desenrolava-se na íntegra no meio-campo defensivo do Getafe, o que no puxando à minha análise
mais estocástica de Engenheiro se traduz numa probabilidade maior de a equipa
que ataca marcar um golo.
Eis quando se dá a saída de Marcelo e a entrada de Callejon.
Saída do defesa-esquerdo brasileiro para a entrada de um médio com pendor mais
atacante. Na minha opinião, o tiro no pé do melhor do mundo! Ao contrário do
que seria espectável (ou talvez não!), colocar mais homens na frente não
significa necessariamente mais oportunidades de golo, mais pressão no
adversário. No caso de ontem, o desequilíbrio do meio-campo e defesa em
detrimento de mais “avançados” resultou no segundo golo do Getafe…O futebol também deve ser visto e analisado a uma escala
menor porque a manta não é infinita!
Hoje aconteceu o mesmo ao Sporting! Após controlar a primeira parte de forma clara, com uma
boa pressão baseada num meio-campo com mais genica e em que sofre um golo
casual no futebol, ou não fossem onze contra onze, o Coração de Leão troca dois médios – Elias e Adrien – para
colocar outros dois mais frescos e, em teoria, mais atacantes – André Martins e Labyad. Pura ilusão! Apesar de fazer sentido no papel, a troca só
deixou mais espaços para o Rio Ave jogar, agravados pela última substituição
leonina. Mais uma vez, a visão racional e global da equipa é esquecida em troca
do “meter a carne toda no assador”!
Em teoria, colocar mais “avançados” permitirá um maior
pendor ofensivo e oportunidades de golo que, quase sempre, são desmentidas pela
prática em que quem comanda são homens (coração) e não rabiscos num bloco de
notas (razão).
pmsfonseca
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