Matrimónio = Cárcere, Branca de Neve e os 6 pesadelos
Os tempos estão a mudar. As
mulheres estão cada vez mais quentes, os homens mais bonitos. Sinto até uma
pequena mudança na balança que rege a Guerra dos Sexos, sendo que as coisas já
não estão assim tão desequilibradas a favor das mulheres em termos de poder. No
entanto, continuam a tentar incutir-nos a ideia de que o Casamento é o caminho
natural a ser seguido numa sociedade normal.
É fácil perceber a importância do
negócio dos Casamentos. Os restaurantes, a comida, as flores, as bandas,
vestidos… Mas não deixa de ser revoltante esta imagem de amor eterno de que nos
tentam convencer, desde os filmes de comédia, drama e terror de Hollywood, até
à sociedade em geral. Existe este modelo de vida padrão e quem não o segue
arrisca-se a ficar de fora da comunidade. Até há algum tempo atrás, se calhar o
casamento era o que fazia mais sentido, mas para as gerações mais recentes acho
que é uma tradição desfasada da realidade.
Não está na nossa natureza,
principalmente na masculina. Vai contra os nossos instintos mais básicos - tentar
colecionar o máximo de troféus femininos possível. E que mensagem é que
transmitimos ao nosso inconsciente quando nos casamos? Que a parceira que dorme
ao nosso lado vai estar disponível para ter relações sexuais sempre que nós
quisermos? Que influência é que isso vai ter a nível hormonal? Sim, porque ao
contrário do que nós pensamos, nós não somos muito mais do que químicos e
hormonas. Apesar de aparentemente estarmos sob controlo, a verdade é que grande
parte das nossas decisões são tomadas ou influenciadas pelo nosso inconsciente.
Com o passar do tempo, o mais
provável é a esposa passar de musa a melhor amigo. Começa-se a usar a sanita de
porta aberta… Fenómenos de flatulência na cama passam a ser rotina diária. As
depilações começam a ser cada vez mais espaçadas no tempo. O marido vai
engordando exponencialmente e a esposa assemelha-se cada vez mais a um saco de
batatas, ao contrário da secretária que a cada dia que passa parece mais nova.
Até o jardineiro ou o canalizador começa a parecer-se mais com um ator de
cinema.
O amor eterno é um mito e a
grande verdade é que a maioria das pessoas não está apta para casar, mas existem
exceções é claro. Então porque é que o fazemos? Nas mulheres é fácil de
perceber, é o sonho da mais vulgar rapariga ter um casamento de sonho (pela
igreja como mandam as regras) e mostrar as fotos às melhores amigas (coitada da
que casar por último, a vergonha…). Talvez por medo de envelhecer sozinho e
abandonado, de não ter ninguém para nos mudar as fraldas quando a doença e a velhice
assim o exigirem.
Depois claro, existem aqueles
casos em que é a parceira a fazer a cabeça ao pobre rapaz para “tomarem o
próximo passo na relação”. Estes são os casos que mais pena me dão, quando o
homem acaba por ceder apenas para satisfazer a sua “mais que tudo”. No outro
dia um amigo meu disse-me que não ligava muito ao casamento, mas que pensava
casar por uma questão de respeito à sua namorada. Impressionante, a facilidade
com que um homem abdica de parte do seu carácter, parte da sua personalidade só
por uma questão de respeito.
Não me identifico com o
matrimónio mas tenho a lucidez suficiente para perceber que hoje em dia não
passam de contractos assinados por duas pessoas, testemunhados por outras
quantas. E pelos visto a única vantagem aparenta ser os benefícios fiscais que
daí advêm.
Portanto já sabem, se um dos meus
amigos tiver a triste ideia de se casar, o meu conselho vai ser: “Anda lá,
deixa-te estar mas é quietinho, não te metas nisso…”
Se por outro lado, for apenas um
conhecido meu, vou-lhe dar os parabéns e sorrir enquanto penso para mim: “Outro
que caiu na armadilha… Já foste, tanso!”
Podem não concordar comigo, mas
estatisticamente falando eu sei que tenho razão. Cada divórcio e cada pular de
cerca conferem com a minha teoria. Pior mesmo, só os otários que se casam mais
do que uma vez, como se uma não chegasse.
E da mesma forma que não gosto de
casamentos, também não gosto de divórcios. É como meter “cheats” na
Playstation, é batota. Não queriam ficar juntos para todo o sempre? Não
assinaram um contracto vitalício? Então agora amanhem-se, odeiem-se até ao
resto das vossas vidas.
Luís
Nem sequer falei da Igreja, mas acho que nem vale a pena. Como diz o Diogo, eles aqui vão a pé e de joelhos até Fátima, depois os muçulmanos é que são os fanáticos...